Há um texto de Philip Yancey que me marcou muito. Ainda hoje penso nele e o uso como referência em algumas conversas. Trata-se de "A igreja da meia-noite", capítulo do livro "Perguntas que precisam de respostas". Tendo como tema-ilustração o alcoolismo (também assunto de meu interesse), Yancey aborda, na verdade, um problema interno da igreja, que eu chamo de teatralismo ou ritualismo excessivo. Ele cita um relato de um acoólatra:

"Nenhum de nós é capaz de prosseguir só, e não foi para isso que Jesus veio? Ainda assim, a maioria das pessoas na igreja apresenta um ar de satisfação consigo mesmas, com piedade ou superioridade. Não sinto que, conscientemente elas se apóiem em Deus ou umas nas outras. Parece que a vida delas está em ordem. Um alcoólico se sente inferior e incompleto na igreja."

Aparentemente, e a julgar pelo número de livros que tenho visto sobre "o fim/crise da igreja" a experiência cristã (no que se refere à igreja) pode estar um pouco fora de rumo. Isso não significa que não possa ser revista e refeita.

Talvez, possamos começar entendendo que a igreja não é um "hospital". Os pastores e lideranças não são "médicos". Não podemos e nem devemos separar os mais crentes ou mais santos. Acredito que precisamos entender que, na igreja, TODOS são pacientes. Quem sabe, a partir do reconhecimento de nossa verdadeira condição, possamos baixar um pouco a guarda, tirar um pouco a máscara e tornar a igreja um ambiente mais humano e receptivo.

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